quarta-feira, 25 de março de 2009

É hora de morfar.

Gosto de observar os passos das crianças. São passos inocentes, ingênuos, de quem conhece o mundo como um lugar bonito e colorido. Passos de pessoas que olham os pássaros e observam magníficos prazeres que só eles obteem, o de voar. Mais pura que a mente de uma criança não há! Vai desde aquela permissão para ir comprar um pirulito, até as pistolas de brinquedo. Como são bonitos os passos lentos de uma criança em movimento. Ou o primeiro passo de uma, começando a descobrir outro prazer. A gente vê nos olhos de uma criança, a ingênuidade que quando ao erguê-la para o alto pela primeira vez, um som ao sair de sua boca e os olhos brilhando nos fazem sorrir e era assim que deveria ser. Como quando nós realizamos algo, era assim que deveria ser. Como quando nos sujamos nos divertindo jogando futebol. Não há mal nisso, apenas nos fazem bem, e era assim que deveria ser. Deveríamos ser ingênuos,- na medida certa -, a vida inteira, todos sem excessão. Quero gostar de brincadeira de ''toc toc, quem é?" pelo resto da minha vida. Quero saborear o verdadeiro gosto do brigadeiro de panela com gosto. Quero passar manhãs assistindo meu desenho favorito, mesmo que com trinta anos de idade. Quero nunca deixar de ser criança, na medida certa. Quero ser capaz de sorrir assim sempre, mesmo pelas pequenas coisas, como o prazer dos passos lentos de uma criança. Ela caminha lentamente, mas sempre chegará no mesmo lugar que eu. E realmente, era assim que deveria ser! ­­ ­­
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Só quem teve infância, entenderá o título.

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